19/03/2018

6.621.(19mar2018.7.7') Laventri Béria

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Lavrentiy Pavlovich Beria
Nasceu a 29mar1899
e morreu a 23dez1953
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9jul2016
Para a história do socialismo:
http://hist-socialismo.blogs.sapo.pt/a-ultima-batalha-de-lavrenti-beria-46812
http://hist-socialismo.blogs.sapo.pt/a-ultima-batalha-de-lavrenti-beria-ii-46976
http://hist-socialismo.blogs.sapo.pt/a-ultima-batalha-de-lavrenti-beria-iii-47211

Lavrénti Béria2
 «– Sabe, Elena, quando terminei de ler o seu livro tive logo o forte desejo de lhe perguntar qual é a parte de verdade e qual é a parte de invenção literária?
– É uma pergunta complicada. Enquanto investigadora, tendo em conta todos critérios, devo dizer que, no essencial, tudo foi inventado. Como poderia eu saber de que falaram e o que disseram Stáline e Béria? Mas como autora de uma obra de ficção, afirmo que o livro está repleto de factos e tem muito a ver com um manual de história. É tudo uma questão de critérios. Se falarmos dos factos em si, então no livro está aquilo que aconteceu realmente e o que não aconteceu, e também se discorre sobre o que terá acontecido com maior probabilidade, mas sobre isso não há provas, apesar de dispormos de memórias abundantes e detalhadas.»
Elena Prudnikova
http://ocastendo.blogs.sapo.pt/a-ultima-batalha-de-lavrenti-beria-2112937
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19mar2018
José Milhazes, que vive agora no concelho de Alcobaça,
acaba de lançar este livro:
http://www.novoslivros.pt/2018/03/jose-milhazes-lavrenti-beria-o-carrasco.html
Laventri Béria foi uma das figuras mais tenebrosas da História do século XX, sendo recordado como o chefe da polícia secreta de Estaline e o seu fiel instrumento de terror. O seu nome está para sempre associado a violência, terror, ambição e sadismo. Baseado em documentos oficiais, nas memórias e testemunhos de várias figuras soviéticas da época, em cartas do biografado e na transcrição do interrogatório do julgamento,o jornalista José Milhazes procura fazer justiça ao homem cujo legado ainda hoje causa controvérsia na sociedade russa. José Milhazes e os meus livros
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1-Qual a ideia que esteve na origem deste livro «Lavrenti Béria: o Carrasco ao Serviço de Estaline»?
R- A ideia foi dar a conhecer, de forma mais aprofundada, aos leitores lusófonos um personagem importante da História Soviética e Mundial. Béria aparece praticamente citado em todas as obras referentes a Estaline e ao estalinismo, mas não conheço uma biografia especialmente escrita sobre ele fora da Rússia. Considero que era preciso uma análise mais profunda sobre a vida e obra deste homem que continua a ser alvo de polémica na Rússia actual. Sendo uma figura tenebrosa para uns, é um herói, um génio para outros. Além disso, a Rússia tem entre os seus dirigentes numerosos políticos que foram educados e trabalharam para a polícia política e serviços secretos soviéticos que ele comandou durante muitos anos. Será que isso se reflecte no modus operandi deles?























2-Qual o principal papel de Béria na URSS de Estaline?
R- Béria dirigiu uma enorme máquina repressiva que tinha como objectivo levar à prática a política do ditador soviético José Estaline. Béria foi encarregado de tarefas bem diferentes: liquidar os inimigos do ditador dentro e fora do país, sendo o caso mais flagrante o assassinato de Trotski no México; coordenar os serviços de espionagem soviéticos em momentos importantes como nas vésperas e durante a Segunda Guerra Mundial; velar pela execução de mais de 20 mil polacos em Katyn; dirigir o fabrico das primeiras bombas atómica e de hidrogénio soviético, nomeadamente com a ajuda da espionagem, etc.

3-De acordo com a sua investigação, como se explica a crueldade e o carácter sinistro da acção deste homem?
R- Este homem estava inserido num sistema de poder que não deixava alternativas: ou cumprias à risca as ordens de Estaline, ou eras simplesmente preso e liquidado. A máquina do "terror vermelho" foi accionada por Lenine e Trotski em 1917 e só parou em 1991, com o fim da URSS. Com maior intensidade, ela funcionou na era de Estaline (1924-1953), sendo Béria um dos principais "maquinistas". Se não fosse Béria, certamente que o ditador não teria dificuldade em arranjar outros dirigentes para a sua polícia política. Personagens como a de Béria são típicas de regimes totalitários, sejam de esquerda ou de direita". Não foi por acaso que Estaline lhe chamou o "Himmler soviético".
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José Milhazes
Lavrenti Béria: o Carrasco ao Serviço de Estaline
Oficina do Livro   14,90€

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Naturalmente vou lê-lo com toda a atenção!
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https://educacao.uol.com.br/biografias/lavrenti-beria.htm
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25jun2014

Lavrentiy Beria: O traidor soviético


Olá amigos e amigas...Hoje voltamos a contar com uma sugestão de postagem enviada pela nossa grande amiga Elaine Lenhagui (). A Elaine nos enviou um texto com uma lista de assuntos interessantes. Graças a essa lista acabei conhecendo a história de um dos homens mais temíveis da União Soviética, história essa que compartilho com os amigos e amigas mais abaixo.

Lavrentiy Beria nasceu em 29 de março de 1899 em  Abecásia e faleceu em Moscou, no dia 23 de dezembro de 1953. Beria foi um político e foi chefe da NKVD (em português a sigla significa Administração Central da Segurança do Estado) na Geórgia.

Beria é lembrado principalmente como o executor do Grande Expurgo de Stalin na década de 1930 ( o grande Expurgo foi uma ação violenta movida pelo ditador soviético Josef Stalin contra seus opositores políticos entre os anos de 1934 e 1939), apesar de só o ter presidido durante as suas fases finais. Beria também é acusado de ter cometido crimes de guerra, tendo comandado o Massacre de Katyn (clique AQUI para ler), no qual mais de 22 mil oficiais e intelectuais poloneses foram assassinados.


Nasceu em 1899, filho de Pavel Khukhayevich Beria, um camponês, em Merkheuli, perto de Sukhumi, na Abecásia, região da Geórgia, que fazia parte do Império Russo. Participou da Revolução de outubro na Geórgia. Após a vitória ingressou na Tcheka, a primeira das muitas polícias secretas da URSS, antecessora da KGB, chegando a chefiar a NKVD na Geórgia. Em 1938, foi trazido por Stalin para ser o adjunto do comissário do povo para o interior Nikolai Yezhov, a quem sucedeu após a queda deste.

Beria e Stalin
Foi membro do Comitê Central do Partido Comunista. A coordenação do projeto nuclear soviético, iniciado em 1943, foi entregue a Beria, homem forte dentro do regime e uma das poucas pessoas em quem Stalin parecia ter confiança absoluta. Beria também dirigiu, o poderoso Comissariado do Povo para a Segurança do Estado, responsável pela polícia e pelos serviços de espionagem. Em 1942, comandou a controversa prisão dos irmãos Starostin, fundadores da associação esportiva Spartak Moscou. O clube foi considerado clandestino, pois permitia a jovens operários participar de campeonatos profissionais, em uma época em que o esporte era considerado uma preparação para o combate.

Em julho de 1953, Lavrentiy Beria foi detido e processado por "atividades criminosas contra o partido e o Estado". Condenado à pena máxima como traidor, foi executado em 23 de dezembro pelo general Pavel Batitsky.

Como já foi dito acima, Beria foi o comandante do massacre de Katyn, o que só fez aumentar a sua fama de ser um homem cruel e sem sentimentos, o seu nome causava terror nas pessoas. Muitos foram os casos onde ele foi acusado de estupros e até por atacar crianças, mas nada nunca foi feito contra um dos homens mais importantes da União Soviética.

Beria com Svetlana Alliluyeva, filha de Stálin, com o próprio Stalin ao fundo
Beria era responsável por um laboratório onde eram produzidos venenos para serem usados contra os inimigos do regime. Segundo alguns historiadores, Beria pode ter envenenado Stalin.

A morte de Stálin

Na manhã de 1 de março de 1953, depois de um jantar que durou a noite toda e de ter visto um filme, Stalin chegou à sua casa em Kuntsevo, a 15 km a oeste do centro de Moscovo com o Ministro do Interior, Lavrentiy Beria, e os futuros ministros Georgy Malenkov, Nikolai Bulganin e Nikita Khrushchev, retirando-se para o quarto para dormir. À tarde, Stalin não saiu do quarto.

Embora os seus guardas estranhassem que ele não se levantasse à hora usual, eles tinhas ordens estritas para não o perturbar e deixaram-no sozinho o dia inteiro. Por volta das 22.00 horas Peter Lozgachev, o Comandante de Kuntsevo, entrou no quarto e viu Stalin caído de costas no chão perto da cama, com o pijama e ensopado em urina. Um assustado Lozgachev perguntou a Stalin o que aconteceu, mas só obteve respostas ininteligíveis. Lozgachev usou o telefone do quarto enquanto chamava oficiais, dizendo-lhes que Stalin tinha tido um ataque e pedia que mandassem doutores para a residência de Kuntsevo imediatamente. Lavrentiy Beria foi informado e chegou algumas horas depois, mas os doutores só chegaram no início da manhã de 2 de março. O aclamado líder morreu quatro dias depois, em 5 de março de 1953.

A versão oficial diz que Stalin morreu de hemorragia cerebral (derrame), em circunstâncias ainda hoje pouco esclarecidas. Avtorkhanov desenvolveu uma detalhada teoria, publicada inicialmente em 1976, apontando Beria como o principal suspeito de tê-lo envenenado. Todavia, outros historiadores ainda consideram que Stalin morreu de causas naturais.

Nikita Khrushchov escreveu em suas memórias que, imediatamente após saber dos estado de Stalin, Lavrenty Beria teria começado a "vomitar seu ódio (contra Stalin) e a zombá-lo", e que quando Stalin demonstrou sinais de consciência, Beria teria se colocado de joelhos e beijado as mãos de Stalin. No entanto, assim que Stalin ficou novamente inconsciente, Beria imediatamente teria se levantado e cuspido com nojo.

Em 2003, um grupo de historiadores russos e americanos anunciaram sua conclusão de que Stalin ingeriu varfarina, um poderoso veneno de rato que inibe a coagulação sanguínea e predispõe a vítima à hemorragia cerebral (derrame). Como a varfarina é insípida ela provavelmente teria sido o veneno utilizado. No entanto, os fatos exatos envolvendo a morte de Stalin provavelmente nunca serão conhecidos.

A assombração da Limusine de Lavrentiy Beria

A má fama de Beria permaneceria atormentando o imaginário do povo Russo muito tempo após a sua morte. Os moradores da rua Malaia Nikitkaia (metrô Barikadnaia) também têm suas histórias. Eles contam que algumas vezes por mês, depois da meia noite, é possível ouvir um barulho muito forte de um carro antigo chegando. Isso sem nenhum veículo por perto. Os funcionários da Embaixada da Tunísia, na mesma rua, onde antigamente ficava a residência de Lavrentii Pavlovich Beria, relatam que até viram um pequeno ponto de luz acompanhando esse som ao longo do trajeto. As pessoas que já vivenciaram o fenômeno contam que o ruído do carro para na frente da embaixada e você pode ouvir vozes de um homem e uma mulher conversando.

Parece que no porão do prédio da embaixada foi encontrada uma câmara de tortura durante anos 90. Ninguém duvida que ela pertencia a Beria.

Fontes: Wikipédia e Gazeta Russa

http://www.noitesinistra.com/2014/06/lavrentiy-beria-o-traidor-sovietico.html